VIDA E MATEMÁTICA

Aos 07 anos eu aprendi a bordar ponto cruz, e adorava desenhar os gráficos no papel quadriculado, para depois bordar nas toalhas de banho, aos 10 anos fiz meu primeiro bolo, seguindo as medidas que estavam escritas no livro de receitas da minha mãe, confesso que não percebia o quanto a Matemática estava entrelaçada a minha vida.
Passaram tantos anos, e os meus amigos afirmam que não tenho o estereótipo de uma professora de Matemática, confesso que as vezes fico reflexiva com esses comentários. Mas recordo como a Matemática me seduziu e o quanto eu fui resiliente durante a aprendizagem, essa disciplina me despertou diversos sentimentos, alegria, angústia, medo e tristeza, tudo isso junto e misturado. Enquanto era uma
estudante no ensino médio, aprender Matemática parecia uma colcha de retalhos, me recordo das aulas de Função e quanto eu queria compreender aqueles Gráficos, mas como era difícil compreender Determinantes e Cramer, eu queria sumir daquele lugar.
Eu e a Matemática estabelecemos relações entre os nossos caminhos, oscilando sempre entre os momentos de alegria e as frustações. No Senai me apaixonei completamente quando aprendi a construir uma carta de Cep (Controle estatístico de Processo), o quanto eram bonitos aqueles gráficos, e principalmente quando compreendi a importância daquela ferramenta em uma linha de produção, o tempo passou e essas cartas são realizadas por softwares de última geração.
Posso dizer que a matemática contribuiu para nortear o meu caminho, principalmente, com o ato de ler, foi um desafio deixar de “decifrar” as escritas, e passar a compreender o que realmente está escrito, e reconhecer o quanto a leitura transformou a minha vida, cada dia que passa os nossos laços estão mais intensos, não tenho recordações de como era ter outra profissão, mas sei o quanto gosto de ser professora, ontem eu disse que sou professora e hoje eu sigo afirmando que só sei ser professora.