PARTE DE UMA TRAJETÓRIA

Nasci em 1975, estudei a educação básica em escola municipal de São Paulo, onde repeti o 7 ° ano em matemática “as malvadas equações algébricas” consequentemente, acabei levando umas chineladas. No ensino médio passei no vestibulinho na Escola Estadual Oswaldo Catalano no Tatuapé curso técnico de contabilidade, onde percebi a importância da matemática tanto nos balanços contábeis como na interpretação dos dados. Ao final do curso vi a necessidade de fazer um cursinho para conseguir uma vaga na Universidade.
No ano de 1999 me tornei Bacharel em Administração com ênfase em finanças pela Universidade São Judas Tadeu onde a matemática veio com tudo, exceto geometria, na universidade conheci alguns alunos de matemática que reclamavam o tempo todo dos cálculos e acabei ficando curioso por estudar matemática.
A matemática nos anos seguintes sempre esteve presente na minha vida, tanto na confecção e comércio, das medidas de roupa, pagamentos , cálculos de custo etc.
Depois de 15 anos, em 2014 ingressei no curso de Licenciatura em matemática na Universidade Camilo castelo Branco, no próprio ano comecei a licenciatura em Física pela Univesp, em 2015 fui convidado a fazer uma pós graduação, no ensino da matemática, pois era Bacharel.
No curso de matemática percebi como o ensino mudou, os colegas de sala tinham uma dificuldade gigantesca na matemática, alguns com as quatro operações básicas. A universidade proporcionou um nivelamento de matemática para todas as turmas onde acabei sendo um auxiliar dos professores na aprendizagem dos colegas, mas creio que não foi suficiente para nivelar alguns alunos.
No ano de 2015 comecei a lecionar matemática no Estado, e constatei a dificuldade dos alunos da rede pública na aprendizagem, alunos acostumados a só copiar e levar o caderno “fessor da visto”. Sempre tento mudar esse comportamento dos alunos, fazendo com que o aluno pense na solução de um problema( pois estão acostumados com as respostas).
Uma experiência gratificante, se passou em uma sala de aula onde eu só dava visto aos alunos que tentasse resolver os exercícios(com coerência), depois de alguns meses insistindo que os alunos se esforçassem na resolução, duas alunas trouxeram o caderno e disseram ” professor estou pensando”.
Essa fala das alunas sempre me impulsiona a desenvolver propostas de trabalhos, estratégias de ensino e aprendizagem que contribuam para a compreensão do aluno no assunto abordado.